Então, eu não
posso dizer que Através do Universo é um livro ruim, mas com certeza ele não é fantástico.
O que eu quero
dizer é que a narrativa em si é monótona demais. A autora coloca pontos de
vista alternados e isso torna o livro mais cansativo ainda! Por outro lado ele
me envolveu de uma forma que me fez ler loucamente.
A história
começa com o ponto de vista de Amy, uma garota que precisa tomar a difícil
decisão de:
A) Ficar na Terra com seu querido namorado;
B) Ser congelada criogenicamente
junto com os pais e partir em uma viagem espacial sem volta (detalhe que está
viagem vai durar mais ou menos 300 anos, e, teoricamente, ela só vai ser
acordada no fim, quando a nave -Godspeed- aterrissar em um novo planeta chamado
Terra – Centáuri).
Ela acaba escolhendo
a opção B, claro.
Então o ponto de vista se volta para Elder.
Ele é um dos habitantes da nave (ela precisa
de gente não congelada para funcionar). Mas ele não é meramente um ser aleatório,
Elder está treinando para ser Eldest, que basicamente significa que ele vai
liderar a nave um dia. Também significa que ele não tem nome, pois Elder é o
nome genérico para aprendiz de Eldest e Eldest é o nome genérico para líder.
Mas dizer que
Elder é um aprendiz é forçar um pouco a barra, porque Eldest não está muito
preocupado em preparar o garoto. Então como não tem muito o que fazer, Elder
passa muito tempo explorando a nave com seu amigo Harley.
É em um desses
passeios que Elder descobre as pessoas congeladas (eu não devo ter dito, mas
eles não são simples anônimos. Os congelados são cientistas, militares e
estudiosos do governo, Amy só foi no pacote porque os pais dela eram da
equipe).
Mas Elder fica
calado sobre sua descoberta, de modo que leva um susto quando pessoas começam a
ser descongeladas de maneira inapropriada (o que pode levar ao óbito). Uma
dessas pessoas é Amy. Mas Ele, Eldest e Doc (o médico da nave – porque todo
médico é apenas Doc?!) conseguem chegar a tempo de salvá-la.
A partir daí
começam a surgir vários mistérios, e vários buracos na história vão se
formando. Vão aparecer perguntas como “por que as pessoas que moram no hospital
parecem ter mais sanidade das que estão fora?” ou “quanto tempo falta para
Godspeed chegar ao seu destino final?” e ainda “que tipo de experimento é
realmente realizado no laboratório?” e “quais são as verdadeiras intenções de
Eldest?!”
E isso não é
nem começo.
O que eu
realmente gostei nesse livro foi de como as soluções para os mistérios se
encaixavam bem, sem deixar furos na narrativa. Nesse ponto ele não me decepcionou
nem um pouco, Beth Revis guardou muito bem todas as revelações bombásticas até
o final. E valeu a pena esperar.
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